4 de abr. de 2009

Tardes na Bahamas

Barraca Bahamas um palco de ilusões

(Dj Jhonny à esquerda, Jair M. no centro e Osmário F. à direita)
O palco da Barraca Bahamas na praia do Corsário está mais alto, mais alto está o lucro de Jair Moura um dos proprietários, mas conhecido pelos artistas da casa como “patroa”, administração de sucesso de um dos pontos gays mais freqüentado de Salvador é notório, o sucesso consiste de um trabalho feito em parceria com transformistas e o DJ, inicialmente essa parceria vem dando certo, foi o que fez alcançar o tão almejado status dos proprietários da Bahamas. Hoje, ela é freqüentada por clientes de “homossociais” diversas, a fim de se divertir e admirar os trabalhos transformistas.
Os domingos são responsáveis por manter a Bahamas pelos dias da semana, o faturamento com as vendas é altíssimo durante o show, o que não é lucrativo, é o faturamento com transformismo, em media o valor irrisório é de trinta reais e ainda há quem dispute espaço por isso, o orçamento de uma pauta pelas artistas de casa não chegava aos duzentos, isso não dá para comprar um salto na Riachuelo, um batom na Avon e um vestidinho básico na Baixa dos Sapateiros, olha que ainda isso não é o pior, tamanha é a falta de respeito para com as transformistas que os ajudou no sucesso, vamos voltar no tempo? No inicio quando se suava sob Sol e as transformistas de outro núcleo gay da cidade, tais como: (Âncora do Marujo, Tropical News, e o extinto Camarim) recusavam convites feitos pelas colegas de profissão, o medo era se aventurar na beira da praia de dia, em um lugar até então com má fama de pessoas baixo-astrais. O núcleo da praia continuou fazendo o seu trabalho árduo e isolado do núcleo do centro. Ainda existiam certo respeito e consideração dos proprietários para com os seus artistas (Perereca Brasil que às vezes se queixava que recebia vintes reais e direito a três cervejas, As Winkys Avatar recebiam cachê irrisório para um grupo de cinco pessoas, Lohana Hernandez algumas vezes o refrigerante e passagens, Miss Boana Buranhém o seu cachê, diretos a três cervejas e muitas vezes sem cachê, Xoelma Lyns o seu cachê, direitos a dois refrigerantes, Jubelissima o seu cachê seco, mas nunca revelado). A determinação das transformistas citadas acima foi o que transformou o palco digno de nomes, junto ao esforço de Ivone Ivonéh, a responsável pelo marketing artístico, também não deixou de ser lesada, não ressarcida, após fazer o seu trabalho de destacar a Bahamas no cenário baiano e contatos profissionais.
Hoje, o palco é cobiçado até mesmo pelas que um dia disseram que não sujariam os pés na areia da praia, motivo, ficaram sem os seus espaços no núcleo do centro agora atrás da sombra do sucesso que outras construíram, e algumas não têm capacidade de produzir sua própria personagem, quem dirá um show! Os proprietários têm que ter consciência que não é a quantidade que faz sucesso e sim quem trabalha com qualidade, o lucro para eles continuaram o mesmo e até melhor, ainda há quem faça de graça, e é o que eles bem querem “lucro, sem custo”. As antigas artistas da Bahamas já tiveram decepções pela falta de palavra, respeito profissional, mesquinharia (hoje se morre de sede no palco, conselho: leve no mínimo 2,50 R$ da água com gás), e a ingratidão de Jair Moura aos que ajudou no sucesso. “Isso é uma imundície como diz uma amiga”.
texto e edição textual: Miss Boana Buranhém

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